quarta-feira, 18 de outubro de 2017

A palavra da mãe, assediada na infância... E da psiquiatra infantil

Sou mãe. Sou pedagoga e trabalhei dez anos na Educação Infantil e Ensino Fundamental, mas, aqui, falo com base na minha maldita experiência como criança que sofreu assédio.

Vocês, que enchem a porra do saco sobre "lugar de fala" não sabem - repito: NÃO SABEEEEM - o que é ser criança e sofrer assédio.

Parem de repetir argumento canalha de "retrógrado" de "conservadorismo" e leia com coração e mente abertos o que vou dizer:

A inocência da criança NÃO É ponto a favor da presença dela nessa exposição, mas contra. É expor a criança que não tem malícia e fazê-la acreditar que tocar um homem desconhecido pelado é normal.

Vocês acham que pedófilo chega dizendo "isso é errado mas vamos fazer mesmo assim?"

Para, né, gente.
É com papo de "tudo bem, não é nada demais" que eles convencem. É agindo com naturalidade. É sendo gentil, educado, carinhoso e fofo.

Eu não ACHO que é assim.
Eu sei que é.

Vocês acham que criança sabe diferenciar na hora o que é toque carinhoso X toque sexual, e dizer 'opa, isso não' e argumentar com o adulto ali? Sério?

Como criança, a gente sucumbe. A gente aceita o que parece ser carinho sem entender. E quando chega a fase de começar a entender, a gente percebe o que aconteceu e se culpa. Se envergonha, como se a culpa fosse nossa. Se sente sujo, se sente nojento, sente que não soube se defender porque SEQUER SABIA QUE ESTAVA SENDO ATACADO.

Se você é adulto, eu caguei baldes se você quer olhar, pegar, roçar, bater na cara, ou usar de cotonete.

Mas se você mostra pra criança que isso é normal, é bonito. Opa, facilitou o trabalho. Aí o tio fala "vamos fazer isso aqui e te dou um doce... segredinho nosso" e ela acha normal porque mamãe levou pra ver homem pelado num museu e era assim também.

"Ah mas ali não tinha teor sexual”...
A gente sabe, ô animal.

Você, adulto, sabe. Eu, adulto, sei. E o mundo não tá nem aí se nós, adultos, resolvermos enfiar uma dolly laranja 2 litros no cu. Entendeu? Enjoy.

Usar esse argumento pra justificar o injustificável, só mostra que, ou você é burro pra caralho e ainda não entendeu o problema, ou não tem caráter. Como não quero duvidar da inteligência de ninguém, se você continua falando essa merda não me restam opções.

"Ah mas a mãe tava junto"...
Bom, primeiro: parir não é atestado de sanidade. Tem gente desgraçada da cabeça de toda classe social, religião, nacionalidade. Tem gente desgraçada da cabeça mãe. Ué. Pra isso existe a lei. E a lei proíbe - mesmo aos pais - expor crianças à certas coisas.
A mãe não é soberana nesse caso. A lei é.

E só pra encerrar, repito:

A QUEM interessa ensinar pra criança que é "normal" interagir com um homem estranho pelado?

PRA QUEM isso é vantagem?

Deixem as crianças fora dessa merda. Só isso.
Você, adulto, se quiser usar o pau do cara pra bater clara em neve, caguei.

Certo? 

Bjo.

(Texto de Cris Paiva)

O depoimento da médica psiquiatra infantil Giulietta Cucchiaro, com base na experiência profissional de quem lida dia-a-dia com o sofrimento de crianças abusadas sexualmente, corrobora tudo o que foi dito pela mãe. Veja abaixo:

“Como psiquiatra infantil lido no meu dia a dia com o sofrimento do abuso sexual na infância, que deixa sequelas psíquicas permanentes. O grande "nó psíquico" no caso desse tipo de abuso é que a maior parte das crianças nem se dá conta, na época do abuso, de que estava sendo abusada, muitas vezes consentia e até gostava. Isso porque a abordagem do pedófilo geralmente é sedutora sem violência explícita. Porém mais tarde essas vítimas se dão conta do que realmente aconteceu, se deprimem e ficam com muita culpa tomando a responsabilidade para si. Uma exposição como a do MAM passa a mensagem que tal situação (homem adulto nu e uma criança) é normal, facilitando o risco para pedofilia. Meu repúdio total! Deixem em paz nossas crianças! Abaixo o marxismo cultural!”.

(Texto de Giulietta Cucchiaro)

da Redação
Fonte:http://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/7218/a-palavra-da-mae-assediada-na-infancia-e-da-psiquiatra-infantil

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