Renato Duque finalmente entregou à Lava Jato o que sabe dos crimes cometidos quando dirigiu o setor de serviços da Petrobras. De frente para Sérgio Moro, confessou que ouviu de João Vaccari, ex-tesoureiro do PT, que a propina arrancada de cinco estaleiros que aceitaram se sujar com a Sete Brasil, empresa criada em 2010 para gerir ativos do pré-sal, tinha por destino o grupo ligado a Lula, José Dirceu e o próprio Partido dos Trabalhadores. No caso do então presidente da República, tudo seria administrado por Antonio Palocci.
“Os dois terços do partido político o Vaccari me informou que iriam para o Partido dos Trabalhadores, para o José Dirceu e para Lula, sendo que a parte do Lula seria gerenciada por Palocci. Ele afirmou isso para mim. E eu, na época, conversei com Barusco e passei essa informação para ele. Falei: ‘Barusco, olha, você não está lidando com peixe pequeno. A gente está falando aqui de peixe graúdo’”
Segundo o delator, a comissão petista teria atingido US$ 133 milhões. Em reais, a cifra superaria hoje os R$ 424 milhões.
Assim como os programas sociais, o pré-sal foi muito explorado nas campanhas vencidas por Dilma Rousseff como uma riqueza nacional da qual o eleitor não poderia abrir mão. O que só deixa ainda mais grave a denúncia de Duque.
É importante observar também que os valores somados estão em dólar, o que fortalece a suspeita de que a riqueza surrupiada pelo petismo estaria escondida fora do país, como já andou entregando delatores como Marcelo Odebrecht.
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