terça-feira, 22 de agosto de 2017

OS 50 ANOS DE ‘LIGHT MY FIRE’: 10 CURIOSIDADES SOBRE O CLÁSSICO

Em 1967, alguns meses após lançarem o seu aclamado álbum de estreia, os Doors lançaram nas rádios a música que se tornaria um marco nas carreiras de Jim Morrison, Ray Manzarek, Robby Krieger e John Densmore. Mais do que isso, “Light My Fire” se tornou uma das faixas mais emblemáticas da banda (mesmo com a enxurrada de clássicos que ainda estavam por vir) e ainda configura em qualquer lista de grandes clássicos da música desde então, como a Rolling Stone, que a colocou em 35º em sua lista de 500 maiores músicas de todos os tempos.
Agora, a banda acaba de relançar oficialmente o single em versão física e digital para marcar os 50 anos de quando “Light My Fire” chegou ao topo da Billboard Singles Chart, posição em que ficou ainda por 3 semanas durante agosto de 67. Ele conta com a edição para single em mono, a versão completa do disco em estéreo, e uma versão ao vivo em Nova York, gravada em 17 de janeiro de 1970.

Não queremos afirmar com certeza que, para se tornar um hit atemporal e seguir com tanta força mesmo 50 anos depois, uma música precise que muitos fatos curiosos estejam envolvidos em sua história. Mas o fato é que “Light My Fire” possui um combo de trívias que podem surpreender até fãs mais estudiosos da banda. Para acompanhar a leitura da nossa lista de 10 curiosidades sobre “Light My Fire”, recomendamos a audição do relançamento remasterizado do single, que você encontra na íntegra na playlist Essentials The Doors, disponível aqui na página.
1 - A versão que estourou nas rádios tinha mais de 4 minutos cortados em relação à versão original
Em um primeiro momento, “Light My Fire” nem iria ser lançada como single, já que a sua duração de mais de 7 minutos era considerada inviável conforme os padrões radiofônicos da época (o que não mudou tanto com o tempo). Porém, após muitos pedidos de fãs que escutaram a faixa no disco, a Elektra Records concordou em enviar uma versão com menos de 3 minutos, onde quase todo o solo da música era omitido. Apesar do sucesso, muitos consideraram a edição um ultraje, e DJs de algumas rádios menos restritas passaram a tocar a faixa na íntegra.

2 - “Light My Fire” foi a 1ª composição do guitarrista Robby Krieger na vida
Apesar de creditada a toda a banda, sabe-se que Robby - na época com 20 anos - foi o principal compositor do hino, o que pode ser considerada uma das grandes sortes de principiante da história da música.
3 - A versão original possui uma linha de baixo além da mão esquerda de Manzarek
Esse fato costuma pegar muita gente de surpresa. Isso porque uma das características marcantes da formação dos Doors é que eles não possuem baixista, com as notas graves sendo sempre feitas pela mão esquerda de Ray Manzarek nos teclados. Porém, o produtor Paul A. Rothschild sentiu falta do ataque de um baixo em algumas músicas do álbum de estreia, incluindo “Light My Fire”. Para isso, ele chamou Larry Knechtel, baixista da Wrecking Crew (famoso grupo de músicos de estúdio fodões de Los Angeles na época) que mais tarde viria a formar o Bread.
4 - O solo de teclado que se ouve na versão original é uma improvisação
Ao contrário do que pensam alguns músicos mais puristas, Ray Manzarek já afirmou que o solo foi feito da mesma forma como a banda sempre executou ele: improvisando.
5 - Foi a última música cantada por Jim Morrison ao vivo
Aconteceu em 12 de dezembro de 1970, quando no meio da música Jim ficou exasperado e jogou o microfone no chão, encerrando o show.
6 - A treta do The Ed Sullivan Show
Os Doors foram convidados a fazer sua estreia no aclamado programa de TV “The Ed Sullivan Show” em 17 de setembro de 67. O produtor do programa Bob Precht (genro de Sullivan) pediu que a banda mudasse a letra do trecho que diz “girl, we couldn’t get much higher” temendo algum desconforto por parte dos patrocinadores do programa pela referência a drogas. É claro que a banda não mudou nada, Morrison cantou o trecho e Ed Sullivan nem sequer apertou a mão do vocalista, como ele costumava fazer com outras atrações.
7 - A faixa quase foi trilha de uma campanha da Buick, não fosse por Morrison
John Densmore já revelou que, em 1968, a empresa de automóveis Buick ofereceu aos Doors 75 mil dólares para adaptar o refrão da música para que fosse usada em um anúncio do Buick Opel (carro que viria a originar o Opala). Quando a quantia foi oferecida, a banda aceitou o acordo, porém sem conseguir entrar em contato com Jim Morrison, que estava na Europa. Quando ele descobriu, o acordo foi imediatamente desfeito.
8 - Até 2006, todas as versões estéreo da música tinham uma velocidade mais lenta que a original
Inicialmente, “Light My Fire” só saiu em versão mono em sua primeira prensagem, e o tempo da música fechava com pouco menos de 7 minutos. A partir da 2ª prensagem (e até 2006!), TODAS as versões passaram a sair em estéreo e com a velocidade do pitch levemente mais baixa, levando a faixa a passar dos 7 minutos com o seu tom reduzido em quase meio tom. E isso só foi descoberto e trazido a público nos anos 90, quando o professor Michael Hicks, da Universidade de Brigham Young, se deu conta das diferenças.

9 - “Light My Fire” voltou às paradas em 1968 com a versão de Jose Feliciano
Além de ter alçado os Doors a um sucesso muito mais massificado, ela ainda fez o mesmo pelo cantor porto-riquenho Jose Feliciano. Com uma pegada muito mais latina, Feliciano lançou a sua versão 1 ano depois da original e a colocou em 3º lugar na Billboard Hot 100.
10 - As referências
Duas faixas, em especial, já foram citadas como as principais referências para alguns dos trechos mais icônicos da música. Um deles é o duelo entre guitarra e teclado no solo, que remete ao cover de John Coltrane para “My Favourite Things”, do The Sound of Music. A outra já foi citada pelo próprio Ray Manzarek à BBC 2, quando afirmou que a linha de baixo foi feita após ele ouvir “Blueberry Hill”, de Fats Domino.

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