Inauguração do Rodoanel: Paulo Preto e Serra (direita). |
Durante toda sua vida, São José da Mooca, o santo homem do bem, é um obstinado pelo poder. Desde a juventude, ele parece um rolo compressor para atingir seus objetivos. Doa a quem doer. Na UNE, fez amigos e depois os traiu (clique aqui). Nos partidos a que esteve (e está) filiado, não é diferente (clique aqui). Vários “amigos” sofreram (e sofrem) com as ações do “homem mais bem preparado”. Serra sabotou a candidatura de Roseana Sarney em 2002, traiu Alckmin em 2006 e demoliu a candidatura de Aécio à Presidência em 2010. Imagine só o que ele não faz com os inimigos?!
Por isso, as campanhas eleitorais dele – e não foram poucas, porque Serra não completa nenhum mandato a que foi eleito para um cargo executivo, apesar de ter prometido em programa de TV (clique aqui) e assinado documento em cartório – são recheadas de mentiras, incoerências e baixarias.
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No debate de domingo, dia 10, quando Dilma perguntou o que ele achava do sumiço de R$4 milhões arrecadados pelo engenheiro Paulo Preto, quer dizer, Paulo Vieira de Souza, ex-diretor do Dersa e o homem bomba do PSDB, Serra afirmou que “nunca tinha ouvido falar nele” (clique aqui). Na segunda, dia 11, Paulo Preto, quer dizer, Paulo Vieira de Souza, em entrevista à Folha, disse que “ele [Serra] me conhece muito bem... Todas as minhas atitudes foram informadas a Serra... Não se larga um líder ferido na estrada. Não cometam esse erro...” No mesmo dia em Goiânia, Serra, recuperando-se da amnésia, se lembrou: “Ele [Paulo Preto] não fez nada disso [não sumiu com R$4 milhões do caixa 2 da campanha]. Ele é totalmente inocente. Eu não pude responder no dia, porque ela [Dilma] aproveitou o final de uma fala e depois entrou outro assunto...”
Não contente com tanta incoerência e amnésia (clique aqui), Serra, na quarta-feira, dia 13, em Porto Alegre , deu outra versão ao fato. Ele afirmou que não conhecia o Paulo Preto, porque não trata as pessoas por apelido, principalmente quando “envolve um preconceito racial”. Leia um trecho da matéria publicada pelo Valor Econômico.
Serra evita falar sobre Paulo Souza
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, esteve ontem [13/10] em Porto Alegre para reunir-se em um hotel com aliados locais de partidos como PP, DEM, PMDB e PPS. Na saída, Serra negou-se novamente a responder sobre as supostas irregularidades envolvendo o ex-assessor Paulo Vieira de Souza e travou o seguinte diálogo com o correspondente do Valor no Rio Grande do Sul:
Valor: O senhor não vai mais comentar a questão do Paulo Preto?
José Serra: Não tem o que comentar.
Valor: Mas primeiro o senhor disse que não o conhecia e depois...
Serra: Eu considero em primeiro lugar... Você é de onde?
Valor: Do Valor Econômico.
Serra: Sei. Eu considero, em primeiro lugar, um preconceito odiento (sic) o fato de se referirem a uma pessoa com esse apelido. Quando me disseram por esse apelido eu disse: eu não conheço. Eu não traio, não tenho preconceito racial que está envolvido em sua pergunta, está envolvido em muito do que se fala.
Valor: Mas é como ele é conhecido.
Serra: Envolve um preconceito racial. Segundo, não tem nada para comentar exceto a pauta petista feita. Não houve desvio de dinheiro em minha campanha nenhum. A Dilma está preocupada com desvio de dinheiro na minha campanha, que não aconteceu. Já eu estou preocupado com o desvio de dinheiro feito na Casa Civil. Tá certo? Eu sei que no caso, vocês [dirigindo-se ao correspondente do Valor] não têm interesse na Casa Civil, naquilo foi desviado etc. Seu jornal pelo menos não tem. Agora, no nosso caso, nós temos. E o resto é factoide petista.
E arrematou dizendo que o jornal faz “manchete para o PT botar no horário eleitoral”.
Para ler a íntegra da matéria, clique aqui.
Maria Inês: a próxima vítima? |
Mas, o que está por trás disso, são as críticas semanais da jornalista Maria Inês Nassif, colunista do Valor. São José da Mooca, o santo homem do bem, não admite ser contestado. E Maria Inês tem feito isso... Pode ocorrer a qualquer momento um telefonema noturno de Serra para o editor do jornal pedindo a cabeça de Maria Inês.
Pobre Maria Inês! Pode perder o emprego como já perderam Heródoto Barbeiro, da TV Cultura (clique aqui), e Maria Rita Kehl, de O Estado de S. Paulo (clique aqui).
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