terça-feira, 16 de novembro de 2010

Tecnologia


A RIM, fabricante do Blackberry, lançou o Playbook para brigar com a Apple no mercado dos tablets

Aresearch in Motion (RIM), companhia canadense criadora dos smartphones Blackberry, anunciou, na segunda-feira 27, o lançamento do Playbook, seu postulante a rival do iPad. Ao contrário de outros aparelhos semelhantes, o Playbook tem grande chance de dar certo por confiar em um mercado cativo aos encantos da marca: os executivos. “Este- é um dos momentos mais excitantes da nossa história”, disse Mike Lazaridis, presidente da companhia, durante a cerimônia de lançamento. “A RIM tinha como objetivo criar o melhor tablet de classe executiva da indústria com funcionalidades e hardware de ponta, além de um dos mais robustos e flexíveis sistemas operacionais”, completou.
A RIM, com seus vários aparelhos Blackberry, detém cerca de 40% do mercado americano de smartphones. Abaixo dele está o iPhone, com 24%, e em terceiro lugar ficam os vários telefones munidos do sistema operacional do Google, o Android, com 17%. A maioria desses usuários é do mercado corporativo e é por isso que Lazaridis tenta mostrar que o Playbook é um aparelho sério e não um brinquedo, que é como a companhia tende a descrever o iPad. O problema é que a última tentativa da RIM de bater de frente com a Apple, quando do lançamento do iPhone, foi um fracasso. O Black-berry Storm foi criticado por especialistas e por fãs da marca. Um crítico de tecnologia do Times, Murad Ahmad, escreveu à época do lançamento que “o Storm foi uma oportunidade perdida”. Segundo ele, “se a RIM tivesse acertado os básicos, se tivesse resolvido as questões de software, esse telefone poderia ter matado o iPhone, mas o Storm não chegou nem perto disso”.
O Playbook, diferentemente do Storm, parece até ultrapassar o iPad em algumas características. Ele tem duas câmeras embutidas. A da parte frontal tem 3 megapixels, a da parte posterior tem 5 megapixels e pode filmar vídeos em alta resolução, enquanto o iPad não possui câmeras. A tela pode ser menor, com 7 polegadas contra 10 polegadas no aparelho da Apple, mas quem já viu alguém manuseando um iPad sabe que um formato um pouco menor pode até ser algo benéfico e mais confortável. Em termos de conectividade, o dono de um Playbook não fica preso a uma só conexão, como o iPad, que tem só uma saída para um cabo de tecnologia exclusiva da Apple. O Playbook tem saída micro-USB, de aceitação universal, também pode ter sua tela mostrada em qualquer monitor ou TV munidos de entrada HDMI.
Em termos puramente de hardware, fica claro que o Playbook é superior. O problema pode estar no sistema operacional, a mesma área que condenou o Storm ao fracasso. A boa notícia é que o sistema operacional do Playbook não será uma versão dos sistemas presentes nos telefones Blackberry, mas uma versão criada pela empresa QNX, adquirida recentemente pela RIM e até então especializada em sistemas automotivos. Pode ser uma aposta interessante, ainda mais num mercado que deve chegar a vendas na casa das 12 milhões de unidades até o fim do ano, segundo a empresa de pesquisas iSuppli.

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